Avenida dos Sonhos, 1988

Escritos cômicos e cósmicos...

quarta-feira, março 05, 2008

Jornalistas vs. RP - e o vencedor é: especialização

Baseado em poucos dados, é impossível escrever um artigo completo sobre o jornalista que trabalha em assessoria de imprensa. Mesmo assim, não é tão difícil transpor para o papel minha opinião sobre o assunto, tão em alta em dias como hoje, quando os profissionais da área praticamente dominam o mercado que deveria ser, no mínimo, dividido entre os “RP’s” (profissionais de relações públicas) e os famigerados jornalistas.
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Com poucas aulas sobre o assunto (mas com uma breve experiência, por trabalhar na área), posso dizer que, por ter uma formação mais completa, o jornalista está até mais apto que o RP para exercer a função de assessor. Não conheço a grade do curso de relações públicas, mas o bacharel em comunicação social, além de saber lidar muito bem com a comunicação empresarial, entende o outro lado, o dos repórteres e editores que precisam encaixar matérias úteis e que tenham sentido em seu veículo de comunicação.
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Por outro lado, muitos acham que não é justo o fato de que o profissional de RP estude especificamente a relação entre empresa/funcionário/público e um jornalista, apenas para “fazer um extra”, roube sua vaga na companhia e no mercado de trabalho. Mas, segundo o velho ditado, “quem não tem competência não se estabelece”. O relações públicas, sabendo da dificuldade que enfrentará, da “eterna e árdua luta” contra os jornalistas, tem a oportunidade de se especializar e devotar sua atenção para os pontos que reconhece perder para os jornalistas, de se preparar ao máximo para ser, no mínimo, páreo para um disputa justa.
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Quanto ao jornalista que de manhã trabalha mecanicamente produzindo releases sobre a empresa que representa e à noite, ao chegar na redação do jornal para o qual também presta serviço, tem o poder de utilizar ou não os releases escritos em sua própria “letra”, tudo depende da ética desse incansável trabalhador da comunicação. Mesmo porque, se ele consegue conciliar as diferentes tarefas em diferentes empregos, algo de bom em sua escrita chamou a atenção e merece as oportunidades que tem (salvo algumas exceções do “Quem Indica” tipicamente brasileiro).
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No mais, tanto o RP quanto o jornalista podem, se desejarem, trabalhar na área de assessoria de imprensa, mas somente o mais preparado conseguirá crescer e aparecer nessa profissão. Felizmente (para nós), os jornalistas saem preparados “de fábrica”. Azar o deles.

1 Comments:

Blogger Unknown said...

Acredito que a chave seja mais do que especialização. É também conhecer um pouco de todo o processo de trabalho da empresa. Neste caso, o jornalista realmente tem vantagem sobre o RP. Vai lá Dudu!

7:03 PM  

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