Avenida dos Sonhos, 1988

Escritos cômicos e cósmicos...

quarta-feira, maio 28, 2008

Pé na estrada - Ou na rua de casa!

Será? Será que esse é o momento que sempre esperei? Fico em dúvida, pois a cada vez que se aproxima de mim algo que me alude ao meu feliz futuro, acho que é esse momento. Estou lendo On The Road, que a maioria dos intelectuais modernos já devem ter lido e decorado, ao menos sua lição principal: de viver a vida do modo que lhes cair bem. Bom, essa leitura me faz pensar. Não sei bem no quê! Mas me faz pensar na vontade que tenho de largar tudo e sair pelo mundo com 500 reais no bolso. E dá! Parar a cada 400 Km e escrever no meu diário, vendê-lo pra uma editora qualquer quando (e se) cansar dessa vida, viver histórias que ninguém nunca viverá por mim. É estranho? É. Mas muita gente faz isso, e se redescobre, se encanta, se realiza.

Meu maior sonho até então era, quando terminasse a faculdade, viajar para a Europa e ficar lá sei lá por quanto tempo (até findarem meus contos de réis, eu acho). Mas não sei, talvez fazendo isso, nunca mais ache graça em nada. E eu não estou nem um pouco afim! Como sempre, vivendo e aprendendo, tenho quase certeza de que meus planos mudarão (e muito) quando o dia da formatura chegar. Até lá, só Deus sabe. Sal Paradise saiu de casa para encontrar os amigos do outro lado do país, eu não preciso de um motivo para fazer a mesmíssima coisa.

Não terminei de ler o livro, não sei se Sal se dá bem no final, mas, de qualquer forma, acho que isso não é o mais importante, pois se a vida valesse a pena apenas por seu final, qual seria a graça de tudo? Não. A vida é muito mais do que começo, meio e fim, e o processo de cada coisa é o que inspira o ser humano a ser o que é. E, pra mim, em qualquer sentido, é muito mais válido arrepender-se de errar do que, sei lá, nunca ter tentado. É clichê? É! Mas não ligo, pois é verdade.

Acho que é o texto mais curto que escrevi aqui para o Vinagre, mas um dos mais representativos. Espero que quem chegou até aqui não se espante. Não! Não sairei daqui, do escritório, para a "longa e tortuosa estrada", que, por mais infinita que seja, sempre acaba terminando em algum lugar. Mas, sim, a semente da curiosidade desse possível "lado-B" da minha vida esá plantada. Verei se, regando, crescerá, morrerá ou permanecerá sempre ali, pronta pra explodir a qualquer momento.

2 Comments:

Blogger Unknown said...

Até que você escreve direitinho né?rs
O texto ficou ótimo Dudu, apesar de realmente curto. E me empresta o livro depois, para que eu possa ingressar na classe dos intelectuais modernos.

5:49 PM  
Blogger Mila said...

primeiro um elogio: vc escreve bem, parabéns!

eu li on the road faz tempo. preciso ler de novo pq eu sei que a impressão que vai me causar hoje vai ser provavelmente diferente da de alguns anos atras. quando li também tive a mesma sensação que você, de querer sair pelo mundo sem rumo e sem grana.
Também penso em ir pra Europa quando me formar, não pra investir na carreira (faço direito e nada em lá vai me ajudar, até pq quero ser funcionaria publica, so..), mas pra viajar e conhecer td.. viajar de mochileira, sabe?!

gostei muito disso que vc disse que não importa se o sal se dá bem no final ou nao pq a vida n vale a pena só pelo seu final... concordo totalmente com essa de que é melhor se arrepender de errar do que nunca saber.. e mais, como diria um grande idolo meu "se eu soubesse antes o que sei agora erraria tudo exatamente igual".

depois que terminar o livro comente suas impressões.

8:16 PM  

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