Liberdade, igualdade e fraternidade

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Como a tomada da Bastilha, como o incêndio de Roma, como a "fundação" do Cristianismo, a queda das torres gêmeas terá um capítulo especial no livro de história dos estudantes em 2199. Abriu as portas para duas tentativas distintas do modo de vida contemporâneo: o capitalismo selvagem de até então e a sustentabilidade social e do meio. Não importa como: você estará enquadrado em uma dessas duas opções, conscientemente ou não. Existem aqueles poucos formadores de opinião no meio de quase 7 bilhões de pessoas que tentam e tentarão mesclar o melhor dos dois mundos, mas a sociedade como um todo, globalizada e caminhando para o iogurte sem açucar, tenderá, quer queira, quer não, para um destes dois polos daqui pra frente. Me estender sobre isso é um tanto inútil e até inocente.
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Mas os pequeninos franceses quebrando tudo, ocupando postos de gasolina, gritando a quem não quer ouvir que não concordam com a medida desesperada de um governo irreponsável (não sozinho, mas não diminuido) parece ser o primeiro de muitos "atos isolados" que definirão, em no mínimo dez anos, a tal da geração Y. A França por ser a França já carrega esse legado de "liderar" um movimento ideológico e social. A mídia sendo a mídia percebe que muito da situação está fora de seu controle - o exemplo do twitter, por incrível que pareça, é como um cara gago que ganhou um microfone, um abraço da namorada e um fonoaudiólogo nesse contexto.
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Rebeldia, conformismo ou um misto. Indefinível a nossa situação. Não dá pra saber se o futuro será bom ou ruim, mas podemos ter a certeza de que, enfim, teremos uma cara pra estampar algum vindouro estudo do início do século XXI.
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