Avenida dos Sonhos, 1988

Escritos cômicos e cósmicos...

sábado, julho 01, 2006

Política, pauta, cafeína... Crônica!

"Na madrugada, vitrola rolando um blues, tocando B.B. King sem parar...", o refrão dizia, antes mesmo da bendita madrugada começar. Ê, saudades do tempo que não vivi! E saudosista é o seu progenitor! Hoje venho aqui, depois de muito tempo, para, primeiro, me desculpar pelo atraso. Sei que vocês, milhares de fãs da minha falha escrita, não viam a hora de ler essas palavras chulas e vazias, sem significado algum. Pois bem, aqui estou.

E me recordo agora da propaganda política do PPS, "entrevistando" as pessoas na rua para verificar se eles lembravam em quem tinham votado para deputado federal. Absurdo! Não pelo fato de não lembrarem, coisa em que acredito piamente, mas pelo fato de serem forçadas a dizer que não lembravam. Absurdo! Onde é que vamos parar, se até para ser correto e direito precisamos coagir e impôr circunstâncias e situações? Me pego pensando em política às 03:42 da madrugada de sexta para sábado, sábado esse em que a seleção de Carlos Alberto Parreira enfrentará "Le Bleus", frangos azuis ressuscitados depois de exterminarem "La Furia", a dona da camisa mais bonita da Copa do Mundo de Futebol (camisa essa que estou vestindo no exato momento em que vos digito), depois dos alvi-celestes, também eliminados. Camisa bonita não ganha copa! Nem futebol...

Sinto falta da pauta. Não tenho pauta no dia de hoje. Nada para que olhei me deu vontade de dedicar a pouca atenção que tenho para escrever. Talvez pudesse descrever o maravilhoso jantar que tive, a companhia agradabilíssima, mas essa tomaria uma pauta inteira. Não merece ser apenas lembrada num dia de tédio monótono e noite de sono regado à cafeína. Aliás, a cafeína poderia ser a minha pauta a partir de agora.

Hoje tomei quatro cafés, duas cocas e um guaraná. Esses são os três culpados pela minha falta de sono na madrugada. Obviamente ingeri outros produtos à base de cafeína, mas nada que me venha à mente no momento. Sinto-me à vontade de dizer que sou viciado em café. Se não tomar, no mínimo, um cafézinho por dia, tenho certeza de que passo mal. Certeza absoluta! Tantos dias que eu já fiquei sem café, os mesmo dias em que me senti tão mal. Mas não tenho o intuito de ingerir cafeína pura no meu organismo. Para dor de cabeça, tem gente que toma 500mg de paracetamol e 65mg de cafeína. É a composição do tylenol dor de cabeça. Não me lembro de ter dor de cabeça nos últimos dezessete anos. Na verdade me lembro sim. Foi justamente pelo fato de não dormir e ficar na frente do computador digitando coisas inúteis sobre minha vida chula e vazia, para não dizer falha.

Ou seria pelo fato de, depois de uma noitada com amigos, regada de álcool e fumaça dos cigarros dos outros, eu ter a petulância de não dormir e ainda fazer uma prova de inglês (na qual me saí bem!) e viver outro dia como se fosse ainda o mesmo do dia anterior? Não, não creio. Isso já fiz mais de uma vez, sempre dormindo no fim desse mesmo dia, compensando no resto da semana seguinte, durante as aulas, em casa, em qualquer lugar onde pudesse apoiar minha cabeça. O tempo passa, mas não me importo de vê-lo passar com os olhos fechados.

Ao belíssimo sonho que tive a noite anterior com uma amiga de infância, dedico essa crônica, sem pauta, sem destino, sem rumo, sem meios, sem começos, sem planos, sem idéias, sem conversas, sem discussões.

Com sono.



*São Paulo, 04:37 A.M.