Avenida dos Sonhos, 1988

Escritos cômicos e cósmicos...

quarta-feira, março 28, 2007

O Acaso

O tempo voa quando se está entretido, e depois de meses e meses de ausência das linhas internéticas, comprovo pela minha própria experiência que esse é um fato tão verdadeiro quanto afirmar que o mundo é mundo. Desde o último texto (Redação da Metodista), tantas coisas aconteceram que não será possível numerá-las. Quer dizer, nem todas...

Passei de ano, meus amigos se formaram, entrei na Universidade (não a que eu desejava, mas...), fiz novos amigos aqui e acolá, perdi contato com muitos outros, como esperado. Até mesmo no campo profissional eu superei todas as expectativas: bateram em minha porta oferecendo um empreguinho fácil e mal-remunerado que logo aceitei, e nem dois meses depois, mudei-me para um escritório de comunicação para trabalhar com o jornalista Alex Tseng. Vocês, leitores, não imaginam o êxtase que toma conta do meu ser. Se em dois meses de curso eu já estou na área com um jornalista, digamos, influente e profissional, imaginem as idéias que assolam minha mente para daqui a dois, três anos... Em escala, se continuar nesse ritmo, no fim do curso estarei falando "Boa Noite" ao lado de Willian Bonner no JN.

Brincadeiras à parte, se pudesse traduzir tudo o que me ocorreu de novembro de 2006 até o exato momento em que vos escrevo, diria, simplesmente, que "evoluí". A minha cabeça não é outra, mas está mais aberta a possibilidades diferentes. Ligeiramente mais sério e profissional, deixei de lado a preocupação desnecessária com coisas sem muita importância. É engraçado, mas meu jeito de ser traduz exatamente o que sinto, as pessoas percebem pela minha fisionomia o meu estado de espírito, o meu humor. Deixei de usar máscaras que até então usava para tentar me adequar a um grupo ou outro. Agora, eu sou a alma de um grupo, sei que se eu não existisse, algumas pessoas seriam um pouco mais infelizes. E, para coroar, tenho de bater palmas para o senhor de todas as coisas: o acaso. Meu planos, os mais perfeitos já sonhados por uma pessoa, eram diferentes de tudo o que hoje ocorre, e isso é o que me dá ânimo, pois, mesmo as coisas não sendo do jeito que planejei, elas estão sendo maravilhosas, talvez até melhor do que pudesse algum dia imaginar.

Perdão, mas está na hora de me retirar. Estou no escritório, talvez não pegue bem ficar escrevendo enquanto os outros trabalham, mesmo na minha hora de folga. E ainda hoje tenho de chegar mais cedo em casa para terminar o estudo de gêneros jornalísticos e gramática/textos (provas de hoje). Encerro aqui e assim, feliz da vida, com perspectivas, com esperanças (passados todos aqueles dias de pessimismo), crente de que tudo sairá conforme não foi planejado.